Misturar despesas pessoais e contas da empresa é um mau hábito comum a muitos empresários, mas que pode trazer inúmeras consequências negativas para o negócio. Há desde prejuízos administrativos, como a falta de organização financeira, até riscos jurídicos, como ter os bens do CPF penhorados para pagar dívidas do CNPJ.
Os dados são claros nesse sentido. Em sua pesquisa de sobrevivência o Sebrae registra a falta de planejamento e não acompanhamento de receitas e despesas com rigor entre as principais causas de mortalidade das empresas.
Sendo assim, para que você se conscientize sobre o problema e promova mudanças, listamos os 4 principais motivos para separar contas empresariais e pessoais. Não deixe de conferir!
1. Não ter informações reais
A tendência é perder o controle sobre a condição financeira pessoal e empresarial. Um caso comum é o empresário gastar mais do que tem, porque consome o capital de giro, achando que são rendimentos.
Do mesmo problema deriva uma falsa sensação de lucratividade. Como haverá dinheiro em sua conta no curto prazo, existe a falsa percepção de que as coisas vão bem, o que terá reflexos nas decisões sobre o negócio.
2. Não saber o real desempenho e endividamento da empresa
Sem uma separação clara entre despesas pessoais e contas da empresa o empresário não terá clareza sobre quais lançamentos dizem respeito ao negócio, ou seja, se os direitos e obrigações pertencem à organização ou ao proprietário. Logo, como saber exatamente qual é o desempenho e o endividamento da empresa?
Muito provavelmente, eventuais problemas financeiros só serão enxergados quando a empresa deixar de cumprir suas obrigações, como pagamento de tributos e de fornecedores.
3. Ter um fluxo de caixa confuso
Um terceiro problema grave é não entender a entrada e saída de dinheiro. É o típico caso de olhar um extrato bancário gigantesco e não saber se os saques e transferências foram utilizados para pagar despesas pessoais ou contas da empresa.
A consequência é a falta de previsibilidade. O empresário não terá condições de avaliar os períodos de alta e baixa do negócio, tampouco destinará recursos para os meses mais difíceis do ano, sem contar o risco de gastar o dinheiro necessário para manter a operação.
4. Sofrer punições legais
A legislação é rigorosa. No regime tributário de lucro real, a prática pode levar a declarações falsas, multas, autuações e até crimes. Afinal, o lucro aparecerá aquém da realidade, porque foi reduzido por despesas pessoais.
Há também a questão da desconsideração da personalidade jurídica. Se a empresa tem uma dívida e existe confusão entre o patrimônio empresarial e particular, o credor tem instrumentos legais para cobrar diretamente do sócio.
Por isso, é muito importante que você tome providências urgentemente para separar negócio e vida pessoal. Boas práticas nesse sentido são as seguintes:
- definir um pró-labore;
- auditar o fluxo de caixa para identificar gastos pessoais;
- ter contas bancárias separadas;
- não realizar retiradas para gastos pessoais no dia a dia ou, ao menos, minimizar a ocorrência e fazer o devido lançamento no fluxo de caixa.
Uma última dica é contar com uma consultoria externa para acompanhar o processo de profissionalização. O conhecimento especializado é fundamental para encontrar erros nos documentos passados e, principalmente, para estruturar processos que o empresário possa aplicar no dia a dia.
Sendo assim, você conseguirá separar despesas pessoais e contas da empresa para tornar a gestão financeira mais eficaz, bem como para evitar problemas com as obrigações tributárias da organização.
Para saber mais sobre o suporte para área fiscal, entre em contato e agende uma conversa!
Fabrício da Silva
CEO | Comercial
FDS Economia Tributária & Blindagem Patrimonial
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