A maioria das empresas não sobrevivem à segunda ou terceira geração. Cerca de 44% das empresas familiares brasileiras não tem um plano de sucessão e 72,4% não apresentam uma sucessão definida para cargos-chave como os ligados à diretoria, presidência, gerência e gestão, estatísticas extraídas da Pesquisa Global da PwC sobre empresas familiares referente a 2018.
Para muitas empresas o processo de sucessão se dará pela primeira vez, é como abrir o caminho das pedras. Contudo, as próximas gerações poderão trilhar o caminho feito pelo patriarca e perceber a necessidade de conduzir o processo com estruturação e planejamento.
Quando é elaborado um plano de sucessão há uma análise das especificidades do negócio, da estrutura familiar, empresarial e o patrimônio. O ideal é que o processo de sucessão tenha a participação e concordância dos envolvidos no processo sucessório.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa cita algumas boas práticas com relação à preparação das novas gerações:
- Os membros das novas gerações devam ser envolvidos desde cedo nas relações entre família e empresa por meio da educação e exemplos transmitidos de pais para filhos;
- A governança familiar deva informar as novas gerações sobre seus direitos e deveres nos negócios, tratando dos processos de sucessão do modo mais inclusivo e consensual possível;
- A governança familiar deve prestar apoio aos herdeiros em suas trajetórias pessoais e profissionais, independentemente se sua carreira está ou não próxima dos negócios da família (IBGC, 2018, p. 24)
O planejamento sucessório visa garantir a perpetuidade negócios, sem prejuízos, assegurando a sustentabilidade da empresa aos seus colaboradores, mercado e públicos estratégicos, com transparência na divulgação de todo o processo de transição.
Benitez Buzzi